• Sobre o Congresso
  • Homenagens
  • Palestrantes e Moderadores
  • Programação
  • Entrevistas
    • Bruno Garcez (BBC Brasil)
    • Bruno Quintella (filho de Tim Lopes)
    • Candido Figueredo (jornal ABC Color)
    • David Carr (colunista do The New York Times)
    • Lucas Ferraz (repórter da Folha de S. Paulo)
    • Roberto Cabrini (editor-chefe do Conexão Repórter/ SBT)
    • Rogério Maurício (editor do Super Notícia)
    • Vânia Vieira (Diretora de Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União)
  • Fotos
    • Bastidores
    • Estandes
  • Vídeos
  • Transmissão ao vivo
  • Apresentações
  • Repercussão
  • Expediente
  • Contato
  • Localização

“Esta é a melhor época de todos os tempos para ser jornalista”, diz David Carr, do NYT, no encerramento do 7º Congresso Internacional de Jornalismo

Postado por congressoabraji2012 em julho 19, 2012
Publicado em: Cobertura, Jornalismo on-line. Marcado: 7° Congresso de Jornalismo Investigativo, Abraji, David Carr, Knight Center pelo Jornalismo nas Américas, Oboré, Page One, Projeto Repórter do Futuro, Rosenthal Calmon Alves, The New York Times, Universidade do Texas. Deixe um comentário
David Carr, colunista do jornal The New York Times, e Rosenthal Calmon Alves, do Knight Center pelo Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas
Foto: Rodrigo Gomes
Por Marina Ribeiro (4º ano/ ECA-USP)
A indústria de mídia nos Estados Unidos atualmente é metade do que era em 2005. 40 mil jornalistas foram mandados embora desde 2007. Mesmo assim David Carr, que escreve para o jornal The New York Times uma coluna sobre mídia e suas intersecções com negócios, economia, cultura e política, acredita que essa seja a melhor época para se exercer o jornalismo. “Esses são os anos dourados do jornalismo”, afirma.
O jornalista americano fechou o 7º Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji com a palestra Page One, moderada por Rosenthal Calmon Alves, jornalista brasileiro responsável pelo Knight Center pelo Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas. Rosenthal concorda com o ponto de vista de Carr. Para o ex-jornalista do Jornal do Brasil, este não é o declínio do jornalismo, mas sim do modelo de negócios em que o jornalismo está estruturado. Para ele, os jornais já acabaram. “O jornal em que eu trabalhava já não existe mais. O New York Times que existe hoje é um novo negócio”, disse.
Carr acredita que daqui para frente o jornalista será cada vez mais uma marca, com público próprio e um valor próprio, alvo de interesses dos veículos de comunicação. Ao ser contratado, haveria uma fusão das marcas do jornalista com o da empresa. Por isso, é muito mais importante manter projetos próprios e interação com os leitores. “Quando faço seleção para uma vaga de emprego, eu questiono se a pessoa fez um blog que tratasse de algo que vai além de seu relacionamento, se durante uma guerra de torcidas que tenha participado, ela gravou algo e publicou”, conta.
Púlbico assiste à exibição do documentário Page One – Inside The New York Times
O jornalista do periódico nova-iorquino foi destaque do documentário Page One – Inside The New York Times, que mostra as entranhas do jornal. Com base na sua experiência na cobertura da mídia, ele acredita que daqui a vinte anos o The New York Times continuará a ter edições impressas, mas a tendência é que cada vez mais invista em vídeos.
Independentemente da discussão sobre o fim do atual modelo de negócios, Carr acredita que “como jornalistas, nós vivemos a vida de reis e eu acho que devemos lutar por isso.”
Super Session: Page One – Inside The New York Times
Palestrante: David Carr
Data: 14/07/12 – 16h

Leia também
Entrevista com David Carr (colunista do The New York Times)

David Carr no Twitter
@carr2n

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Só 16 dos 133 municípios avaliados respeitam Lei de Acesso à Informação

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Acesso à Informação, Cobertura. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Ivana Moreira, Oboré, Projeto Repórter do Futuro, Veja Belo Horizonte. Deixe um comentário

Ivana Moreira, editora da revista Veja Belo Horizonte

Fotos: Rodrigo Gomes

Por Thales Willian (3º ano/Universidade Braz Cubas)

Apenas 12% dos 133 municípios brasileiros com mais de 200 mil habitantes já se ajustaram à nova Lei de Acesso a Informações Públicas, que entrou em vigor em maio. O número foi apresentado em primeira mão neste sábado (14), pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), no painel Mapa de Acesso 2012 do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.

Com o objetivo de medir o grau de acesso à informação, verificar a aceitação da legislação em vigor como argumento e identificar os obstáculos ainda existentes – e com o apoio de uma equipe voluntária –, Ivana Moreira, editora da revista Veja Belo Horizonte e ex-diretora da Abraji, questionou nas cidades avaliadas quem são e quanto ganham os servidores municipais e os ocupantes de cargos comissionados. Apenas 16 prefeituras responderam de maneira satisfatória à questão. No Estado de São Paulo, por exemplo, Campinas, São Carlos, Sorocaba e Taubaté entraram na lista.

“Nosso objetivo não era avaliar os portais de transparência, mas saber o comprometimento da administração pública com a entrega da informação”

O “Mapa de Acesso” para avaliar a transparência dos órgãos públicos foi testado pela primeira vez desde que entrou em vigor a nova legislação. “A conclusão a que chegamos não indica que as cidades estão desinformadas, pois o assunto foi tratado com exaustão nos últimos meses. Não entregaram as informações solicitadas porque existe uma cultura de controle da informação”, afirmou.

Durante o painel, a jornalista comparou o resultado atual com pesquisas anteriores feitas com o “Mapa de Acesso”.

“As edições anteriores já mostravam qual era o resultado a que chegaríamos com essa nova avaliação. As pessoas não estão comprometidas.” Segundo ela, a pressão social é fundamental para reverter o quadro. A Abraji também foi representada no painel pela secretária executiva, Marina Atoji, e pelo diretor Fernando Rodrigues, repórter da Folha de S. Paulo.

Mapa de Acesso 2012
Palestrantes: Ivana Moreira
Dia: 14/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Narrativa jornalística visual: o universo do processamento de informações de dados em reportagens

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Cobertura, Fazer jornalístico. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Margot Pavan, Oboré, Projeto Repórter do Futuro, Ricardo Mendonça. Deixe um comentário

Ricardo Mendonça, da Folha: “O infográfico é uma representação gráfica de uma informação ou de um conjunto de informações. É a forma gráfica para dar sentido a essa informação”

Fotos: Rodrigo Gomes

Por Tamiris Gomes (2º ano/Universidade Cruzeiro do Sul)

O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo trouxe na tarde desta sexta-feira o painel “Narrativa jornalística visual”. Os palestrantes que compuseram a mesa foram a jornalista Margot Pavan, do Estadão.com, e o editor assistente de política da Folha de S.Paulo, Ricardo Mendonça. A moderação ficou sob o comando de Gustavo Faleiros, que trabalha em uma parceria com O Eco no portal de dados InfoAmazonia, resultado de uma bolsa do Knight Fellow do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ).

Em sua explanação, Mendonça deixou bem claro que as informações de um gráfico, tabela ou ilustração é de igual importância em relação aos dados contidos no texto. Além disso, essa gráfico deve estabelecer uma ligação com a reportagem, informar de forma clara e objetiva sem ser repetitivo. A função do infográfico é otimizar o entendimento do leitor. “O infográfico é uma representação gráfica de uma informação ou de um conjunto de informações. É a forma gráfica para dar sentido a essa informação”, ressalta ele.

Ricardo ainda mostrou à plateia uma atividade ilustrativa evidenciando as principais características de um infográfico bem elaborado e também os exemplos não sucedidos. Os modelos exibidos por ele retratavam a captura de Bin Laden, em infográficos de vários veículos de mídia nacionais e internacionais.

O diretor explicou que em uma empresa jornalística existem três núcleos básicos: texto, foto e arte. Destes três elementos, a arte é o que menos tem produto histórico dentro do jornalismo, não é beneficiário do que já foi feito no passado. “É o que menos tem formulação e está aberto para muito achismo. Hoje nas redações há várias equipes com essa responsabilidade, mas muita pouca gente refletindo sobre ela”, salienta. “O que a gente faz em redação não é produção artística. Trabalhar com dados não é arte. Um bom infográfico é uma ferramenta de compreensão, estética e análise”.

Margot Pavan, do Estadão.com: “Todo dia a internet joga milhares de registros na rede. É preciso criar uma ponte entre a redação e a tecnologia”

Margot Pavan reforça que o domínio do Excel é essencial para o jornalismo visual. “Não é um bicho de sete cabeças. Ele transforma de maneira simples os números em estatísticas e pesquisas”, indica. Ela reproduziu alguns exemplos de projetos pioneiros de processamento de grandes volumes de informação na web. Um deles é o do jornal The Guardian, em que era disponibilizado mais de 3 mil informações sobre mortes de soldados no Iraque, com foto e idade de cada um.

“Todo dia a internet joga milhares de registros na rede. É preciso criar uma ponte entre a redação e a tecnologia”, observa a jornalista.

O conceito essencial da infografia é embasado no jornalismo de dados. “Por falta de afinidade com os números e pela sua forma pouco atraente, percebemos o quanto os jornalistas deixam de fazer boas reportagens por não saberem manipular esses dados. Deve-se torná-los claros, atraentes e enriquecedores”, lembra a estudante Rafaela Carvalho, de 22 anos, do 4º ano de jornalismo da Escola de Comunicações de Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP).

Narrativa jornalística visual
Palestrantes:Margot PavaneRicardo Mendonça
04/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Os entraves existentes para a cobertura de megaeventos esportivos

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Cobertura, Cobertura esportiva. Marcado: Abraji, Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Oboré, Projeto Repórter do Futuro. Deixe um comentário

Dorrit Harazim: “Nas Olimpíadas de Londres nós jornalistas teremos que sair caçando atletas no laço, pois há pouco atleta para muito jornalista”

Fotos: Rodrigo Gomes

Por Yahell Luci Lima (4º ano/ Faculdades Rio Branco)

Nas próximas Olimpíadas, em Londres, serão 10.500 atletas participando das competições e 21.000 jornalistas credenciados para fazer a cobertura do evento. “Isso quer dizer que nós jornalistas teremos que sair caçando atletas no laço, pois há pouco atleta para muito jornalista”, afirmou Dorrit Harazim, durante sua palestra no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo promovido pela Abraji. Ela participou da cobertura de todas as edições de Jogos Olímpicos desde 1980 e é uma das fundadoras da revista Piauí.

Além das dificuldades para fazer contato com os atletas, Dorrit salientou que os jornalistas terão outros problemas para realizar a cobertura desse megaevento esportivo. O acesso aos espaços aonde os jogos acontecerão será complicado, segundo ela, já que em diversas ocasiões não haverá lugares para acomodar a quantidade de jornalistas presentes, como nas finais de modalidades muito disputadas.

Em meio a essas dificuldades, a ideia de ficar apenas no centro de imprensa para fazer a cobertura do evento pode ser tentadora, uma vez que ali há painéis, detalhes e câmeras especiais transmitindo informações sobre todos os jogos.

Mas esse é um péssimo negócio, afirma Dorrit, pois determinadas sensações e observações só são possíveis de ser traduzidas para o leitor, espectador ou ouvinte quando se está presente ao evento. “É apenas nessa hora que você tem a chance de fazer a diferença”, ressaltou.

Carina Almeida:  “A missão do Comitê Olímpico é disseminar o esporte olímpico e, sendo assim, disseminar informações sobre os atletas brasileiros precisa ser também uma tarefa dele”

Carina Almeida, sócia-diretora da Textual – empresa que desenvolveu projetos de comunicação para as últimas quatro edições da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos – informou que, durante os jogos Pan-Americanos e Olímpicos, o Comitê Olímpico organiza um tipo de agência de notícias, com grupos de jornalistas e fotógrafos produzindo e divulgando informações em tempo real sobre o evento.

Em Pequim (2008), esse comitê gerou quase 800 notícias em tempo real sobre a delegação brasileira e quase 900 fotos foram oferecidas gratuitamente para a imprensa.

“Essas informações ajudaram tanto quem estava no evento e não conseguia fazer a cobertura de todas as modalidades esportivas quanto os veículos de comunicação brasileiros não presentes”, disse Carina.  Segundo ela, o Comitê Olímpico entende que “sua missão é disseminar o esporte olímpico e, sendo assim, disseminar informações sobre os atletas brasileiros precisa ser também uma tarefa dele”. Para ela, esse trabalho não representa uma concorrência com os jornalistas que estão credenciados e sim uma forma interessante de contribuir para o trabalho da imprensa.

O presidente da Abraji, Marcelo Moreira, moderou a mesa

Os jogos olímpicos não são apenas 44 campeonatos mundiais de diferentes modalidades acontecendo no período de 17 dias. De acordo com Carina, o evento é muito mais do que isso e impacta diretamente em áreas como a economia e a infraestrutura urbana. Por esse motivo, ela afirma que a imprensa tem que se preparar muito bem para cobrir um evento desse porte.

Cobertura de Megaeventos Esportivos
Palestrantes: Dorrit Harazim e Carina Almeida
Data: 14/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Especialistas questionam aliança entre sustentabilidade e crescimento econômico

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Cobertura, Economia. Marcado: Abraji, Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Oboré, Projeto Repórter do Futuro. Deixe um comentário

Para o geógrafo Saulo Rodrigues, “é preciso buscar conceitos diferentes de crescimento”

Foto: Rodrigo Gomes

Por Olívia Freitas (3º ano / Universidade São Judas Tadeu)

Um dos maiores impasses do século XXI: o desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade foi tema da mesa da economista Amyra El Khalili e do geógrafo Saulo Rodrigues no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. A palestra “Economia e sustentabilidade: um paradoxo do desenvolvimentismo” colocou em cheque a eficácia e a banalização da sustentabilidade e o desafio do crescimento consciente.

Para Saulo, não existe uma avaliação exata do que seja desenvolvimento sustentável. “É preciso buscar conceitos diferentes de crescimento. Nunca vamos atingir a ideia sustentável, porque é um processo continuo, envolve vários aspectos da sociedade, é muito dinâmico e não permite processo permanente”, explica. Ele disse que há necessidade de reconhecermos que existem limites para o desenvolvimento, porque cada vez mais os cientistas têm certeza que não se conseguirá substituir os materiais extraídos do meio ambiente.

Amyra também é pessimista no que se refere à relação entre economia desenvolvimentista e desenvolvimento sustentável. Segundo ela, a velocidade do sistema financeiro é uma e a da sustentabilidade é outra, em longo prazo, e o sistema capitalista não tem tempo para esperar os retornos financeiros com essa prática de evolução consciente. “É preciso uma nova consciência para o mercado com base no tripé educação, informação e comunicação. É um trabalho de longo prazo.”

Amyra El Khalili, economista: “Jornalista que cobre economia tem a visão de que sustentabilidade trava o capital e aquele que cobre o tema meio ambiente tem um olhar muito forte contra o capitalismo”

Saulo afirma, que devido à popularização da palavra, o termo sustentabilidade está banalizado.

Ele expôs dois conceitos de sustentabilidade, a considerada sustentabilidade fraca, que defende que podemos continuar com o desenvolvimento e que futuramente compensaremos as perdas ambientas; e a sustentabilidade ecológica / forte, que reconhece que há limites para o avanço capitalista.

A pegada ecológica foi outro ponto abordado pelos palestrantes. Trata-se de um método de indicação da pressão exercido pelo meio antrópico – relativo às modificações provocadas pelo homem no meio ambiente. Ela mostra que o desenvolvimento sustentável depende de uma revisão de valores, principalmente do empresariado.

O relatório final da Conferência Rio+20 foi contestado por Amyra e Saulo. “Fiquei decepcionado com o resultado. O documento que fazia o reconhecimento dos limites naturais (de preservação) sumiu na versão final”, disse Saulo, que pondera, contudo, que o fato de a preocupação ambiental estar na agenda mundial dos governos já representa uma evolução.

Amyra contou que a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, foi mal entendida pela imprensa. O evento pregou contra métodos do capitalismo. “Jornalista que cobre economia tem a visão de que sustentabilidade trava o capital e aquele que cobre o tema meio ambiente tem um olhar muito forte contra o capitalismo”, considera. “Mas isso vai mudar depois da Rio+20. Eles vão ter que se entender.”

Economia e sustentabilidade: um paradoxo do desenvolvimentismo
Palestrantes: Amyra El Khalili e Saulo Rodrigues                
Data: 14/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Jornalistas explicam série de reportagens sobre o banco de Silvio Santos que conquistou Prêmio Esso

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Boas Histórias, Boas Reportagens, Cobertura. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Abraji, Oboré, Projeto Repórter do Futuro. Deixe um comentário

Leandro Modé e David Friendlander, do Estadão, ganharam o Prêmio Esso de Jornalismo em 2011, na categoria Informação Econômica

Fotos: Rodrigo Gomes

Por Gabriela Zaniratto (3º ano/Universidade São Judas Tadeu)

 A sequência de matérias investigativas sobre o rombo no banco Panamericano feitas por David Friendlander, Leandro Modé, Fausto Macedo e Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, venceu o Prêmio Esso de Jornalismo em 2011, na categoria Informação Econômica. Todas as informações publicadas foram dadas de forma inédita, desde a denúncia do rombo até a entrevista exclusiva com o então vice-presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sandoval.

Friedlander e Modé participaram do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, no sábado (14), e relataram como foi o processo de apuração e escrita dos textos.

Os repórteres foram os primeiros a noticiar a fraude do banco que pertencia ao empresário Silvio Santos, em 9 de novembro de 2011. “Começou como uma reportagem de internet e foi ganhando repercussão. Houve uma complementariedade de conhecimentos dos jornalistas”, disse Modé. “O caso não acabou, ainda está no Ministério Público e será encaminhado para a Justiça. Muita coisa pode acontecer.”

A repercussão ocorreu devido à notoriedade de Silvio Santos e pelo fato de a Caixa Econômica Federal ser sócia do banco. “Na época, as pessoas que mandavam recados ao SBT querendo saber como poderiam enviar dinheiro para ajudar Silvio Santos”, lembra Modé, ressaltando a comoção causada pelo assunto.

Os repórteres foram os primeiros a noticiar a fraude do banco que pertencia a Silvio Santos

Para a produção, fontes confiáveis foram essenciais na parte inicial das investigações. Depois, a equipe realizou um amplo processo de checagem em relatórios e documentos particulares. “O relacionamento com a fonte é tudo”, disse Friendlander. Ouvir todos os lados envolvidos e manter a atenção também fizeram parte da cobertura. “Fizemos uma ronda como em rádio escuta. Ligávamos para as fontes todos os dias”, disse Modé.

Leia as reportagens que ganharam o prêmio

Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, recebe R$ 2,5 bi para cobrir fraude

Panamericano tem rombo maior que R$ 2,5 bilhões e negocia novo socorro

Proer privado resgata Silvio Santos 

O vice-presidente de finanças do banco mandou o contador maquiar o balanço

As fraudes no banco de Silvio Santos
Palestrante: David Friendlander e Leandro Modé
Data: 14/07/12 – 16h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Jornalistas discutem o ensino do jornalismo investigativo nas universidades

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Cobertura, Fazer jornalístico. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Abraji, Cleofe Monteiro, Luciana Kraemer, Manuel Carlos Chaparro, Oboré, Projeto Repórter do Futuro, Unisinos, Universidade Anhembi Morumbi. Deixe um comentário

Luciana Kraemer: “Apesar de o cenário ser desfavorável, há um crescimento do conhecimento sobre o jornalismo investigativo e esse conhecimento levou a conquistas como a Lei de Acesso Público à Informação”

Fotos: Rodrigo Gomes

Por Mateus Netzel (2º ano/ECA-USP)

As jornalistas e professoras de jornalismo investigativo Luciana Kraemer e Cleofe Monteiro debateram o ensino dessa modalidade jornalística no sábado (14), no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo e levantaram seus principais questionamentos, desafios e dificuldades.

Cleofe, que é professora da Universidade Anhembi Morumbi, compartilhou as experiências que teve ao lecionar a matéria de jornalismo investigativo nos anos de 2008 e 2009 e apontou um cenário crítico do seu ensino na universidade. “Dos 800 alunos que passaram por essa matéria, ninguém afirmou querer ser repórter investigativo ao final do semestre”, afirmou. Os motivos mais citados para essa escolha foram o perigo da profissão e o grande volume de trabalho que ele exige.

Esse quadro se reflete nos jornais da grande imprensa. Pesquisa realizada pelo jornalista e professor livre-docente da USP Manuel Carlos Chaparro com quatro grandes jornais do Brasil (Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil) revela que conteúdos de jornalismo investigativo ocupam menos de 3% das páginas dos periódicos.

Já nos Estados Unidos, 37 dos 100 maiores jornais não possuem jornalistas investigativos em suas redações, segundo levantamento realizado por Rosenthal Calmon Alves.

“Apesar de o cenário ser desfavorável, há um crescimento do conhecimento sobre o jornalismo investigativo e esse conhecimento levou a conquistas como a Lei de Acesso Público à Informação”, disse Luciana Kraemer. No entanto, os desafios ainda são grandes para a implantação concreta da disciplina nas grades das universidades. Diretora da Abraji no Rio Grande do Sul, Luciana é também professora da Unisinos, em Porto Alegre.

Cleofe Monteiro, da Anhembi Morumbi: “Dos 800 alunos que passaram por essa matéria, ninguém afirmou querer ser repórter investigativo ao final do semestre”

Cleofe apontou os mais eminentes: reconhecer a condição única dos jornalistas perante a sociedade, tomar consciência de seu papel social, retomar o sentido de classe e, principalmente, descobrir o prazer do ofício. “Essa parte tem que ser enfatizada para os alunos. Eles precisam gostar de fazer jornalismo.”

O debate que se seguiu com o público levou a conclusões de que o ensino da disciplina em cada universidade depende da existência de um corpo de professores e alunos interessados nesse segmento específico do jornalismo, mas que o interesse é comprometido por algumas impressões erradas que até os próprios estudantes de jornalismo possuem, como a vinculação da ideia de investigativo ao jornalismo policial.

Jornalismo investigativo nas universidades
Palestrantes: Luciana Kraemer e Cleofe Monteiro
Data: 14/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Psicólogos discutem a abordagem sobre o crack e a necessidade de quebra de paradigmas pela mídia

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Avulsas, Cobertura. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Abraji, Bruno Ramos (Centro de Convivência É de Lei), Claudio Tognolli, Marcelo Sodelli (presidente da ABRAMD – Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas), Oboré, Projeto Repórter do Futuro. Deixe um comentário

Marcelo Sodelli, Claudio Tognolli (moderador) e Bruno Ramos: usuário de drogas é retratado como alguém que perde o total controle de suas faculdades e seu vício é associado a um comportamento violento

Foto: Rodrigo Gomes

Por Paola Perroti (2° ano/Cásper Líbero)

Os psicólogos Bruno Ramos, presidente e coordenador de projetos do Centro de Convivência É de Lei, e Marcelo Sodelli, presidente da ABRAMD – Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas, são contra a visão que a sociedade em geral possui, e que a mídia reforça, a respeito dos usuários de drogas, principalmente de crack. Ambos possuem projetos de assistência a dependentes e afirmam que é necessário mudar o estigma do “noia”. O jornalista Claudio Tognolli moderou o painel.

No painel “Crack”, realizado no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, no dia 14 de julho, eles falaram para jornalistas e estudantes sobre a Cracolândia que poucos veem e sobre as reais questões por trás da dependência.

O objetivo do Centro de Convivência É de Lei, que atua na região, é estimular o autocuidado e maneiras de inserção na sociedade sem ter como primeiro e único mote fazer com que o viciado pare de usar a droga.

Marcelo Sodelli reforçou a visão de que a droga não é o problema. “Todos nós usamos drogas. Quem aqui não toma café?” Para ele, as drogas são um escape para pessoas que não conseguem lidar com suas vulnerabilidades, mas ações proibicionistas não são o caminho para a solução deste problema. “O slogan ‘diga não às drogas’ é uma forma simplificada de tratar de uma questão bem mais profunda. Algumas pessoas simplesmente não querem parar de usar drogas.”

Dentro da Cracolândia há muitas pessoas que não estão ali só por causa da pedra, mas também pelo universo paralelo que surgiu na região, destacou Bruno Ramos, que acredita ser muito mais uma questão de sociabilidade. “O crack criou uma nova dinâmica na vida dessas pessoas, a pedra vai virando moeda de troca e ali se torna um bazar e local de encontro. Ali, os usuários se sentem parte de algo e se relacionam com pessoas que possuem interesses e histórias semelhantes.”

O olhar de São Paulo sobre o crack

No começo do ano, a Prefeitura de São Paulo promoveu uma ação que buscava resolver o problema do crack na região central da cidade. Desde então, a Cracolândia ganhou grande visibilidade nas páginas dos jornais e nos noticiários. A imprensa e a sociedade voltaram seus olhos novamente para a questão da dependência química e suas consequências. Mas como é este olhar?

O usuário de drogas é retratado como alguém que perde o total controle de suas faculdades e seu vício é associado a um comportamento violento, sendo muitas vezes tratados como pessoas sem alma e sem salvação.

Crack
Palestrantes: Bruno Ramos e Marcelo Sodelli
Data: 14/07/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Jornalista explica como descobriu patrimônio incompatível com padrão de vida do ex-ministro Palocci

Postado por congressoabraji2012 em julho 16, 2012
Publicado em: Boas Histórias, Boas Reportagens, Cobertura. Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Abraji, Andreza Matais, Catia Seabra, José Ernesto Credendio, Oboré, Prêmio Esso de Jornalismo de 2011, Projeto Repórter do Futuro. Deixe um comentário

Andreza Matais relatou série de reportagens que levou à queda de Palocci, em palestra moderada por Rubens Valente

Foto: Rodrigo Gomes

Por Roberto Bueno (2º ano/Universidade Metodista de São Paulo)

Andreza Matais, da sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo, contou  como foi gerada a série de matérias que acabaram levando à queda do ministro da Casa Civil do inicio do governo Dilma, Antonio Palocci. A palestra ocorreu em 14 de julho no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi.

Com moderação de Rubens Valente, a jornalista apresentou, em detalhes, o processo das reportagens.  “Num bate papo informal com uma pessoa, ela me contou, sem intenção nenhuma, que Palocci estava morando num apartamento ‘muito chique’ em São Paulo. A partir desse fato, chequei se o apartamento se encaixava no padrão de vida do ministro”, explicou Andreza.

Dessa conversa até a publicação da matéria pela Folha foram mais de quatro meses de investigação árdua, dividida com sete outros jornalistas da sucursal do jornal em Brasília – entre eles, José Ernesto Credendio e Catia Seabra. Com essa série, o trio de jornalistas ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo de 2011.

Segundo Andreza, “para fazer essa reportagem foram necessárias varreduras em cartórios de imóveis, de títulos e no site da Junta Comercial de São Paulo. Após a descoberta do nome da empresa do ex-ministro Palocci, tivemos de refazer as consultas nos cartórios, ver o que achávamos da empresa. Foi quando se descobriu o apartamento alugado.”

Relembre o caso

Palocci multiplica por 20 seu patrimônio

Empresa de Palocci faturou R$20 mi no ano da eleição

Em 2 meses, após a eleição, Palocci faturou R$10 mi

Ex-ministro vale muito no mercado, diz Palocci

Crise derruba Palocci; Dilma põe senadora novata na Casa Civil

O patrimônio e as consultorias que derrubaram Palocci
Palestrante: Andreza Matais
Data: 14/04/12 – 14h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Atuais, aspirantes e ex-repórteres do futuro trocam experiências durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Postado por congressoabraji2012 em julho 15, 2012
Publicado em: Cobertura, Projeto Repórter do Futuro. Marcado: 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, Abraji, Oboré, Projeto Repórter do Futuro, Sergio Gomes. Deixe um comentário

Sergio Gomes, coordenador geral do Projeto Repórter do Futuro: “Estudantes querem, sim, aprender jornalismo de verdade. O jovem continua interessado em conhecer a realidade para transformar o mundo em algo melhor do que o que temos”

Foto: Leandro Melito

Por Luana Copini

O jornalista e diretor da Oboré – Projetos Especiais em Comunicação e Artes, Sergio Gomes, afirmou neste sábado (14) que os cursos de jornalismo são deficientes.

Gomes se reuniu com jornalistas e estudantes de jornalismo durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo para conversar sobre o Projeto Repórter do Futuro. O Congresso aconteceu na Universidade Anhembi Morumbi, de 12, 13 e 14 de julho.

Promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), o evento reuniu jornalistas, estudantes e professores de jornalismo interessados nas melhores práticas jornalísticas e técnicas de reportagem.

Complementação universitária 

Para o jornalista, a otimização do tempo e a deficiência do modelo acadêmico atual, aliadas à falta de entusiasmo por parte de muitos estudantes, fazem com que pessoas engajadas e crentes num jornalismo de qualidade se organizem para promover cursos de complementação universitária, como é o caso do Projeto Repórter do Futuro. “Temos o cuidado de oferecer cursos em dias e horários que não colidam com as atividades dos estudantes na universidade. O objetivo não é substituir o ensino das escolas e sim complementar o aprendizado, atendendo aos alunos que se destacam pelo interesse em aprender mais do que lhes é oferecido na academia”, disse.

O projeto tem como principal objetivo oferecer alternativas e incentivo ao desenvolvimento pessoal e profissional às carreiras dos futuros repórteres. É um curso de complementação universitária voltado para estudantes de jornalismo, criado em 1994 com o nome de Repórter 2000.

Como uma alternativa para suprir a necessidade destes jovens estudantes de jornalismo, o projeto foi concebido pela Oboré com apoio da ABI – Associação Brasileira de Imprensa e da Associação dos Cronistas Parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo. Hoje, conta com o apoio das coordenações dos cursos de jornalismo de algumas universidades e de instituições variadas.

Já sobre a realidade das universidades, os estudantes expõem dificuldades que encontram: a falta de interesse no ensino por parte de alguns professores, excesso de burocracia para utilização da estrutura física (laboratórios, equipamentos). Durante conversa com os jovens jornalistas, Gomes destacou ainda muitos aspectos do ofício de repórter como as dificuldades da profissão, o entusiasmo dos jovens aspirantes ao jornalismo, movimentação na internet e nas ruas, as novas mídias e a função de repórter.

Além do encontro, há três ações paralelas do Projeto Repórter do Futuro durante o Congresso: a atuação dos Repórteres do Futuro na Cobertura Oficial do evento, a divulgação e promoção do “XI Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflitos Armados” e a apresentação do “Projeto 1000 em 1”.

Saiba mais

Projeto Repórter do Futuro (site-laboratório)

Oboré

Reunião de participantes do Projeto Repórter do Futuro
Palestrante: Sergio Gomes
Data: 14/07/12 – 11h

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

Navegação de Posts

← Entradas Mais Antigas
  •            
  • Digite o que você procura

  • Posts recentes

    • “Esta é a melhor época de todos os tempos para ser jornalista”, diz David Carr, do NYT, no encerramento do 7º Congresso Internacional de Jornalismo
    • Só 16 dos 133 municípios avaliados respeitam Lei de Acesso à Informação
    • Narrativa jornalística visual: o universo do processamento de informações de dados em reportagens
    • Os entraves existentes para a cobertura de megaeventos esportivos
    • Especialistas questionam aliança entre sustentabilidade e crescimento econômico
    • Jornalistas explicam série de reportagens sobre o banco de Silvio Santos que conquistou Prêmio Esso
    • Jornalistas discutem o ensino do jornalismo investigativo nas universidades
    • Psicólogos discutem a abordagem sobre o crack e a necessidade de quebra de paradigmas pela mídia
    • Jornalista explica como descobriu patrimônio incompatível com padrão de vida do ex-ministro Palocci
    • Atuais, aspirantes e ex-repórteres do futuro trocam experiências durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo
  • Eixos

    • Acesso à Informação (5)
    • Avulsas (10)
    • Boas Histórias, Boas Reportagens (11)
    • Cobertura (69)
    • Cobertura de Crime Organizado (1)
    • Cobertura de eleições (3)
    • Cobertura esportiva (5)
    • Economia (2)
    • Fazer jornalístico (23)
    • Fundamentos da Reportagem (1)
    • Homenagem (2)
    • Jornalismo on-line (4)
    • Projeto Repórter do Futuro (2)
  • Tags

    7° Congresso de Jornalismo Investigativo 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo Abraji Angelina Nunes Antônio Sergio Ribeiro Ascânio Seleme autos de resistência Bahia Boca Juniors Claudio Tognolli Claudio Weber Abramo cobertura policial congresso Abraji Correio David Carr descriminalização ditadura militar drogas Eleições 2012 Eliane Brum Estadão Fabio Almeida Fernando Gallo Fernando Mitre Fernando Rodrigues Folha de S. Paulo Grêmio guerrilha do Araguaia Guilherme Canela Gustavo Grabia história Internacional Ivana Moreira Janio de Freitas Jornalismo jornalismo cultural Juan Torres Juca Kfouri Knight Center pelo Jornalismo nas Américas Lei de Acesso à Informação Leonencio Nossa Luciane Aquino Luis Fernando Bovo maconha Marcado: 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo Margot Pavan Maurício Fiore Miriam Leitão narcotráfico Oboré O Estado de S. Paulo O Globo Olé Page One Projeto Repórter do Futuro Prêmio Esso Ricardo Mendonça Rosenthal Calmon Alves Salvador Sergio Gomes Sidarta Ribeiro Sérgio Dávila Thales de Menezes The New York Times Tim Lopes torcidas organizadas Ubiratan Brasil Universidade Anhembi Morumbi Universidade do Texas Veja Belo Horizonte VIctor Uchôa Vladimir Herzog Walter de Mattos Jr. “Projeto 1000 em 1”
  • Fotos no Flickr

    ArnspitzgruppeMarseille at sunsetIcy Sunset
    Mais fotos
  • Meta

    • Cadastre-se
    • Fazer login
    • Feed de posts
    • Feed de comentários
    • WordPress.com
Blog no WordPress.com.
Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.
Cancelar

 
Carregando comentários...
Comentário
    ×
    Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
    Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte aqui: Política de cookies