Sobre o Congresso

O 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji, foi realizado de 12 a 14 de julho de 2012.

Foram ministradas 90 palestras, com temas como Copa do Mundo e Olimpíadas, investigação de empresas privadas e de governos, medidas de proteção para jornalistas e produção de grandes reportagens para televisão, rádio e jornais impressos.

A Abraji aceitou inscrições durante todo o evento, mediante pagamento de entrada de acordo com a tabela vigente.

O Congresso trouxe profissionais, pesquisadores e especialistas do Brasil e do mundo para falar sobre os assuntos mais importantes e complexos veiculados na mídia.

Diversas oficinas contribuíram para aperfeiçoar o trabalho do repórter em áreas como ocupação e planejamento urbanos, investigação de gastos públicos e privados, e técnicas em RAC (Reportagem com Auxílio do Computador).

Dois pesquisadores do Lincoln Institute of Land Policy falaram sobre políticas fundiárias no Brasil. O instituto é um dos mais importantes centros de pesquisa sobre o uso da terra. Martim Smolka é economista com especialização em mercado e política urbanos e falará sobre “O protagonismo do mercado de terras nas políticas urbanas e de habitação social no Brasil”. O professor Paulo Henrique Sandroni trará um workshop com cinco casos de desenvolvimento urbano, incluindo São Paulo, para ajudar a entender a relação entre o desenvolvimento das cidades e expulsão dos mais pobres dos centros.

Um dos objetivos mais importantes dos congressos da Abraji é reunir jornalistas e profissionais para trocar experiências sobre fontes, matérias e reportagens especiais. Por isso, o do 7º Congresso teve um eixo inteiro  dedicado a grandes histórias que viraram grandes reportagens. Entre elas, a reportagem “As consultorias fantasmas do ministro Fernando Pimentel”, de Thiago Herdy. Diretor da Abraji, Herdy relatou os bastidores da investigação que denunciou ganhos suspeitos obtidos pelo ministro enquanto ele prestava consultorias.

Lucas Ferraz, por sua vez, contou sobre o processo de produção da reportagem “O instante decisivo”, publicada no jornal Folha de S.Paulo. Ele encontrou o fotógrafo que registrou o corpo sem vida de Vladimir Herzog, simulando suicídio por enforcamento no DOI CODI de São Paulo durante a ditadura militar, e confirmou a montagem da cena em que os militares afirmavam comprovar que o jornalista se suicidara.

Não foi apenas na ditadura que morreram jornalistas dignos de serem lembrados. Bruno Quintella, filho do jornalista Tim Lopes – morto por traficantes, no Rio de Janeiro – apresentou, em primeira mão, trechos do documentário “Histórias de Arcanjo”, sobre a vida do pai. Quintella está produzindo o documentário como parte das homenagens prestadas para lembrar os dez anos de morte do jornalista, que trabalhava na TV Globo.

Tim Lopes e Janio de Freitas foram os homenageados desta edição do Congresso, em sessão solene realizada no dia 13 de julho, às 11h, no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Quando: 12, 13 e 14 de julho de 2012
Onde: São Paulo – Universidade Anhembi Morumbi –
campus Vila Olímpia – unidade 7 (Rua Casa do Ator, 275)

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