David Carr (colunista do The New York Times)

Foto: Rodrigo Gomes

Por Alessandra Alves (3º ano / ECA-USP)

Qual é a importância de encontros como o 7o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Abraji?

São super importantes, porque é preciso construir uma campanha para mostrar que nós, jornalistas, estamos juntos na defesa de valores comuns. Podemos partilhar histórias e técnicas; encorajar uns aos outros e reconhecer o nosso trabalho. O resto do mundo não se importa conosco tanto, então devemos nos preocupar uns com os outros.

E quais seriam esses valores comuns a que o senhor se referiu?

O direito das pessoas saberem como o dinheiro delas está sendo gasto pelos governos, o direito das pessoas não serem tratadas como animais porque não possuem dinheiro ou poder, que todas as pessoas são iguais e merecem o tanto de informação que acharem necessário para atuarem como cidadãos.

Vivemos em um mundo onde o fluxo de informações se mostra cada vez maior e onde as pessoas devem lê-las no menor espaço de tempo. Como ficam as grandes reportagens nesse cenário? O senhor acredita que há o risco dessas grandes reportagens percam espaço e público?

As boas histórias continuam acontecendo e terão audiência. Mesmo em países que apresentam diminuição na circulação de jornais impressos, como é o caso dos EUA, as boas histórias e seus personagens continuam existindo e é preciso alguém para contá-los.

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@carr2n

Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.

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