Foto: Leandro Melito
Por Luana Copini
O jornalista e diretor da Oboré – Projetos Especiais em Comunicação e Artes, Sergio Gomes, afirmou neste sábado (14) que os cursos de jornalismo são deficientes.
Gomes se reuniu com jornalistas e estudantes de jornalismo durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo para conversar sobre o Projeto Repórter do Futuro. O Congresso aconteceu na Universidade Anhembi Morumbi, de 12, 13 e 14 de julho.
Promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), o evento reuniu jornalistas, estudantes e professores de jornalismo interessados nas melhores práticas jornalísticas e técnicas de reportagem.
Complementação universitária
Para o jornalista, a otimização do tempo e a deficiência do modelo acadêmico atual, aliadas à falta de entusiasmo por parte de muitos estudantes, fazem com que pessoas engajadas e crentes num jornalismo de qualidade se organizem para promover cursos de complementação universitária, como é o caso do Projeto Repórter do Futuro. “Temos o cuidado de oferecer cursos em dias e horários que não colidam com as atividades dos estudantes na universidade. O objetivo não é substituir o ensino das escolas e sim complementar o aprendizado, atendendo aos alunos que se destacam pelo interesse em aprender mais do que lhes é oferecido na academia”, disse.
O projeto tem como principal objetivo oferecer alternativas e incentivo ao desenvolvimento pessoal e profissional às carreiras dos futuros repórteres. É um curso de complementação universitária voltado para estudantes de jornalismo, criado em 1994 com o nome de Repórter 2000.
Como uma alternativa para suprir a necessidade destes jovens estudantes de jornalismo, o projeto foi concebido pela Oboré com apoio da ABI – Associação Brasileira de Imprensa e da Associação dos Cronistas Parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo. Hoje, conta com o apoio das coordenações dos cursos de jornalismo de algumas universidades e de instituições variadas.
Já sobre a realidade das universidades, os estudantes expõem dificuldades que encontram: a falta de interesse no ensino por parte de alguns professores, excesso de burocracia para utilização da estrutura física (laboratórios, equipamentos). Durante conversa com os jovens jornalistas, Gomes destacou ainda muitos aspectos do ofício de repórter como as dificuldades da profissão, o entusiasmo dos jovens aspirantes ao jornalismo, movimentação na internet e nas ruas, as novas mídias e a função de repórter.
Além do encontro, há três ações paralelas do Projeto Repórter do Futuro durante o Congresso: a atuação dos Repórteres do Futuro na Cobertura Oficial do evento, a divulgação e promoção do “XI Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflitos Armados” e a apresentação do “Projeto 1000 em 1”.
Saiba mais
Projeto Repórter do Futuro (site-laboratório)
Reunião de participantes do Projeto Repórter do Futuro
Palestrante: Sergio Gomes
Data: 14/07/12 – 11h
Sobre o Congresso
O 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi, com o patrocínio/apoio da TV Globo, Correio Braziliense, Embraer, Estadão, Folha, Gol, Grupo Bandeirantes, Shopping Iguatemi, McDonalds®, O Globo, Oi, Tam e UOL, e cooperação de Associação Nacional de Jornais, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, FAAP, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center, Lincoln Institute of Land Policy, Oboré, Open Society Foundations, Panda Books, Propeg, Textual e UNESCO.